Fizeram de nós apenas espiões, que nunca entendem o que esperam. Quem sabe encontraremos o Sol... Depois poderemos ir embora e jantaremos sem apetite, um alimento frio. Não diga não, não diga. É o que nós temos nessa noite. Todo o sabor da angústia e da derrota. Poderemos espiar mais tarde, quem sabe. Vamos descobrir novos planetas, pra morar em tempos de guerra.
O quê? É, ou melhor, talvez. Mas prefiro que continue silenciosa, como as rosas de plástico na porta da funerária. Macabro? Pode até ser, mas não falaremos mais disso, deixemos para os outros - os outros. Os outros não sabem do fim, nem do começo, nem ainda dos momentos que estão no meio.
Sei que é um pouco confuso, um pouco difuso, ante ainda com a saudade. Fica tudo mais branco com a saudade. Ah, a saudade. Iremos embora quando for ainda cedinho, espiar em outras freguesias. Sim, não chore. É necessário partir antes que o Sol venha. Quiçá, ainda dê tempo de dizer adeus.
É tempo de abraçar sua história, seguir vida adentro, em busca d’alguma promessa. O trem vem logo, então durma. Sempre é hora de ficar mais perto. Ficaremos mais perto sempre. Já nos cansamos desta espera sem esperança. Avante, não há o que temer. Continue com o silêncio, quero ouvir ainda e somente esta memória que vem de longe. Só não deixe a solidão te acompanhar. Espreita! Vamos fugir pela calada da noite, para que não saibam de nossos medos.
Iremos longe, creia. Quem sabe alcancemos no horizonte um novo Sol. Desses que não exigem espia. Mandaremos, então, alguma carta de préstimo pra quem ficou de cá. Acho que estou meio perdido. Está escuro aqui, me abrace. Tenho medo de não te encontrar quando acordar. Vou ficar assim, a vigiar. Não quero te perder, agora que estamos tão perto de nós, tão longe de tudo. Apenas abrace, e não diga nada. Teu silencio ficará emprenhado na parede dos meus sonhos...
O quê? É, ou melhor, talvez. Mas prefiro que continue silenciosa, como as rosas de plástico na porta da funerária. Macabro? Pode até ser, mas não falaremos mais disso, deixemos para os outros - os outros. Os outros não sabem do fim, nem do começo, nem ainda dos momentos que estão no meio.
Sei que é um pouco confuso, um pouco difuso, ante ainda com a saudade. Fica tudo mais branco com a saudade. Ah, a saudade. Iremos embora quando for ainda cedinho, espiar em outras freguesias. Sim, não chore. É necessário partir antes que o Sol venha. Quiçá, ainda dê tempo de dizer adeus.
É tempo de abraçar sua história, seguir vida adentro, em busca d’alguma promessa. O trem vem logo, então durma. Sempre é hora de ficar mais perto. Ficaremos mais perto sempre. Já nos cansamos desta espera sem esperança. Avante, não há o que temer. Continue com o silêncio, quero ouvir ainda e somente esta memória que vem de longe. Só não deixe a solidão te acompanhar. Espreita! Vamos fugir pela calada da noite, para que não saibam de nossos medos.
Iremos longe, creia. Quem sabe alcancemos no horizonte um novo Sol. Desses que não exigem espia. Mandaremos, então, alguma carta de préstimo pra quem ficou de cá. Acho que estou meio perdido. Está escuro aqui, me abrace. Tenho medo de não te encontrar quando acordar. Vou ficar assim, a vigiar. Não quero te perder, agora que estamos tão perto de nós, tão longe de tudo. Apenas abrace, e não diga nada. Teu silencio ficará emprenhado na parede dos meus sonhos...
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