Hoje o relógio parou...
Estava eu lá, sentado, a olhar para o movimento dos ponteiros, quando, de repente - não mais que de repente, pois não gosto do suspense prolongado – as horas simplesmente não mais existiam. Senti um calafrio. As horas, os minutos, os segundos, e todas as outras frações temporárias, já não se moviam. Pensei que havia me transportado, como naqueles filmes de ficção científica, para outra galáxia. Era mesmo a sensação de hipnose, de alguma coisa psicanalítica ou extratelúrico. Talvez os ponteiros tivessem me abduzido pra dentro do tempo. Então, eu ficaria pra sempre naquele momento. Você deve pensar: “que insensatez dizer uma asneirice dessa”. Mas foi a mais pura verdade. E, depois daquele transe astronáutico, fiquei meio assim. Só agora percebi que tudo aquilo era fome e que as pilhas do relógio tinham acabado. Que coisa!
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