"Escrever é uma percepção do espírito. É um trabalho ingrato que leva à solidão." Blaise Cendrars
“Jamais seremos tão jovens...”
“Vem, senta aqui ao meu lado e deixa o mundo girar, jamais seremos tão jovens...” Hoje li esta frase do Shakespeare e comecei a refletir sobre a essência da juventude. É tão estranho, passamos boa parte da infância querendo ser adultos e depois sofremos por causa das responsabilidades. Nunca estamos totalmente contentes – talvez seja bom, pois nos leva a querer melhorar algo. E enquanto o tempo passa, vem o medo da velhice, do término de alguma coisa que não deixamos começar de fato.
Estas palavras de Shakespeare soaram-me como um convite [“vem”]; como um desejo e ordem, ao mesmo tempo, [“senta aqui”]; como uma carência [“ao meu lado”]. Porém, mais do que isso, falaram-me da liberdade [“deixa o mundo girar”]. O que representa mais a juventude [falo por mim, afinal, tenho 20 anos] do que isto: desejo, carência, liberdade?
Preciso dizer-lhes que nunca gostei muito dessas teorias de auto-ajuda. Isso de “vamos viver o presente” sempre me pareceu uma desculpa de quem tem medo do futuro [e não quer pensar no que pode acontecer amanhã] ou tem vergonha do passado. Diante dessa frase, eu senti um desejo de realmente seguir o convite. Pois, “jamais seremos tão jovens...” É triste pensar que, daqui a alguns anos, poderemos repetir as mesmas reclamações que fazemos hoje em relação à infância: “por que eu não aproveitei mais aquela época?”
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2 comentários:
Ótimo teXto, Milson!
Vem de encontro ao meu último post... passe no meu blog pra dar uma espiada!
Carpe diem!
pAZ.
É verdade...
Como somos ingratos consigo mesmos!
Bom voltar aqui.
Grande abraço.
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