Sinestesia


As cores se misturaram em um crepúsculo sem fim. Os sons se tornaram verdes e azuis diante de meus ouvidos. Pude ver tua esperança na minha boca, com aquele beijo doce-claro na hora de dizer adeus. O eclipse fez brilhar nossos olhos e ouvimos os sinos anunciarem que eram vermelhos os sonhos. Alguém vai dizer que somos loucos, de pedra (na mão).

É cedo. Poderemos correr ainda mais um instante pelo paraíso e ver tudo de outra cor. O êxtase não passou. Venha, meu bem, que é tempo de amar. Ah! O mar, a serra, o sol - pintados com o vento da noite. Diga algo que seja cor, que seja luz, que soe alegre em meus toques (ou acordes). Não vamos deixar desafinar este momento.

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